sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MOMENTO TEATRO

AO TÉRMINO DAS AULAS DE TEATRO, LEVAMOS OS ALUNOS PARA A 2ª FESTIG - FESTIVAL DE TEATRO DE IGARASSU. ASSISTIMOS A PEÇA: ENTRE 4 PAREDES.

NOTA DO AUTOR SOBRE O ESPETÁCULO

Entre 4 Paredes


No Espetáculo “Entre 4 Paredes”, do Grupo Graxa de Teatro, a idéia sartriana de inferno é trabalhada de maneira a criar um jogo de gênero, sexualidade e dominação entre cinco seres desconhecidos e confinados num mesmo lugar, vigiados por olhares, também desconhecidos.
A peça é inspirada na obra homônima de Jean Paul Sartre que passou por um processo de apropriação por parte do diretor e dos atores durante o período de doze meses de laboratórios cênico-dramaturgicos. Estes fizeram suas próprias interpretações do conteúdo e o confrontaram com suas inquietações pessoais e idiossincrasias durante o processo de criação, até se chegar ao texto que é dito.

Nesse processo de apropriação alguns temas vieram à tona e se tornaram centrais no espetáculo. Como resultado, as idéias de público e privado se confundem. Os atores se colocam numa situação de exposição frente a estranhos que, se num primeiro momento estão na posição de voyeres privilegiados, por vezes são invadidos, num jogo de provocação, dominação e muitas vezes sadismo, em que os atores criam uma condição incomoda para si, seus companheiros e para o público.

Cria-se uma atmosfera de constrangimento pela presença do outro e pelo que esse representa naquele momento ou pode vir a representar. Se para Sartre uma consciência não pode fugir da denuncia de outras, a relação que os atores estabelecem com as personagens do texto e com o público passa a de “ser para o outro” criando um clima de intimidade e incomodo num ambiente de relações interpessoais viciadas e degradadas.

No espetáculo do Graxa, essa relação se dá pela experiência do olhar, do corpo. Corpos erotizados que se relacionam de maneira violenta, muitas vezes brutal, tanto física quanto emocionalmente. Se para o filósofo francês o olhar do outro me objetiva, me torna real, no espetáculo os atores, por meio das personagens, procuram nos companheiros de cena e no público a objetividade de sua presença.

Nesse processo ver e ser visto corresponde a dominar e ser dominado. Procura-se o melhor de si refletido no outro, mas o que se vê vai além do que se gostaria, ao mesmo tempo em que as motivações interiores não são reveladas. Essa é a dialética do ser um com o outro presente em todos.

A encenação trabalha com repetição, fragmentação e simultaneidade das cenas, forçando a platéia a manter-se atenta, criando vários focos de atenção, aumentando o grau de tensão para o espectador que precisa organizar-se e reconstruir a linha narrativa que se apresenta a ele. Característica que é potencializada pelos cinco atores, dois homens e três mulheres que se revezam e duplicam as personagens masculinas e femininas a partir das qualidades que os gêneros suscitam. Não se trata de homem e mulher, mas do lado feminino e masculino que os atores podem empregar as personagens, independente do gênero ou condição sexual.

O espaço utilizado é resumido. Um corredor, um lugar de passagem sem tempo e espaço definido, onde atores e platéia se encontram na mesma condição de confinamento, criando um enfrentamento forçoso. Essa atmosfera é potencializada pelas sensações que os sons e a iluminação podem suscitar.
A paisagem sonora do espetáculo é criação dos atores e produzido por eles. Música, fala, sons tirados dos elementos e materiais presentes no espaço dão dinâmica às cenas. O mesmo acontece com a iluminação que é feita com material alternativo. Lâmpadas de diferentes tamanhos e em tons quentes e frios são colocadas pelo espaço ambientando as cenas e favorecendo o clima e as sensações que o espetáculo procura despertar no espectador.

Joevan Oliveira

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